Como Começar a Ilustrar Sem Gastar Muito

Aquarela e lápis de cor

Ilustrar não precisa ser algo caro — e muito menos um luxo reservado a quem tem prateleiras cheias de materiais importados. Se você está começando agora, com vontade de desenhar e contar histórias visuais, esse texto é para você.

1. Comece com o que tem em casa

Você não precisa de uma mesa digitalizadora nem de marcadores profissionais para dar os primeiros passos. Algumas ferramentas simples e acessíveis são mais do que suficientes para iniciar sua jornada:

Lápis e papéis

  • Lápis grafite comum (HB, 2B ou 4B já servem muito bem)
  • Alguns papéis excelentes não custam muito, tem preço bem acessível, como o papel Canson, desses tipos: 

https://amzn.to/4jQQI5p ou 

https://amzn.to/4kQSvZi (Inclusive, esse é o que uso para desenhar. Para ilustrar com tinta, eu uso outro, que vou colocar aqui na lista também)

  • Lápis de cor bom e barato. Você pode escolher tanto o permanente quanto o aquarelável. Veja as duas opções:

https://amzn.to/3FU17zl – Aquarelável

https://amzn.to/45Rtdpq – Aquarelável

https://amzn.to/45iDjzq – Permanente 

  • Tinta Aquarela boa e barata 

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Papel para aquarela bom e barato – https://amzn.to/4l2BaMG

Pincéis para Aquarela

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Ou

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Tinta Acrílica boa e barata

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Pincéis para acrílico

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Dica prática: se fez um desenho e não gostou, reaproveite o verso. Esboçar no verso tira a pressão de acertar e te deixa mais livre para experimentar.

E às vezes, o desenho fica tão solto que fica lindo. Eu mesma tenho vários que comecei sem pressão e hoje guardo porque ficaram leves e fluidos, mesmo estando num papel não tão bonito. 

2. O desenho começa com o olhar

Não é necessário dominar anatomia nem saber “desenhar bem” logo no início. O mais importante é aprender a observar e traduzir isso para o papel. 

E não se preocupe: em ilustração, não é necessário e nem devemos desenhar igual ao real.

A ilustração serve para desenhar o que não existe, o que não é real, o que é imaginário, o que gostaríamos que fosse ou existisse, e não o realista. Para isso, existem as fotos.

Aqui vão alguns exercícios simples que você pode fazer agora mesmo:

  • Contorno cego: observe um objeto e desenhe sem olhar para o papel. Treina o olhar e a coordenação.
  • Desenho de observação: escolha objetos do seu dia a dia e desenhe com formas simples, como quadrado, círculo, triângulo e retãngulo. Você vai ver como fica bem mais fácil.
  • Desenho contínuo: desenhe sem tirar o lápis do papel. Um ótimo exercício para soltar o traço.
  • Desenho com a mão esquerda. No caso dos canhotos, aí é com a direita. E se você for ambidestro(a), aí já não sei. Que tal com as duas, revezando?

O foco não é o resultado final, mas o processo. Quanto mais você observa e desenha, mais seu traço se desenvolve.

3. Um toque de narrativa – para já começar num degrau acima 🙂

Narrar com imagens é algo que se aprende praticando. Um bom começo é pensar em uma ilustração que não tem apoio do texto para explicar. 

Pense que você vai ter que ‘contar uma história’ em um livro sem palavras. Isso ajuda MUITO a desenvolver a narrativa visual. 

Faça uma ilustração pensando em passar uma mensagem, uma ideia, uma história/narrativa. Não deixe de colocar o personagem no contexto em que ele está. Não existe filme só com personagem. Sempre tem um ambiente onde ele está inserido.

Conclusão: todo mundo foi iniciante um dia

Você não precisa ter tudo para começar. Só precisa dar o primeiro passo. Desenhar é um caminho de descoberta, e ele pode começar com um lápis simples e até um papel reaproveitado. 

Todo mundo pode aprender a desenhar, se desejar. Eu sou prova disso. Não nasci com o chamado ‘talento’ nem aptidão para o desenho. 

É nesse espaço pequeno, sem pressão, que a criatividade floresce!

Não espere ter as ferramentas ideais. Comece com o que tem. O mais importante já está com você: o desejo de criar.

E eu acredito que, só de ter vontade, você já tem metade do caminho percorrido!

Ilustrado final de semana!